(XXXIII Domingo do Tempo Comum – 14 de novembro de 2021)
Na próxima terça-feira, 14, às 10h, será lançada, no Brasil, a V Jornada Mundial dos Pobres (JMP). O evento poderá ser acompanhado pelas redes sociais da CNBB (Facebook e canal do Youtube) e das organizações parceiras.
Trata-se da 5ª edição da jornada instituída pelo Papa Francisco em 20 de novembro de 2016, na conclusão do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia. O lema bíblico que inspira a celebração desta edição é: “Sempre tereis pobres entre vós”, extraído de Mt. 14, 7.
No Brasil, adotou-se o tema: “Sentes compaixão?”, um convite a não ter indiferença frente ao sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade e à crescente pobreza socioeconômica que assola mais 51,9 milhões de brasileiros e brasileiras.
Ações
A V Jornada Mundial dos Pobres será marcada, no país, por uma série de ações. Elas vão do lançamento, no próximo dia 14 de setembro, às 10h, até o Dia Mundial dos Pobres, dia 14 de novembro, com o lançamento do Manifesto pela Vida.
A JMP no Brasil é organizada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A conferência conta com a parceria das Pastorais Sociais e organismos da Igreja no Brasil (Semana Social Brasileira, Cáritas Brasileira, Pastoral Carcerária, Pastoral dos Povos de Rua, Pastoral Operária, Pastoral da Mulher Marginalizada, Serviço Pastoral dos Migrantes, Conferência dos Religiosos do Brasil, Conselho Nacional do Laicato do Brasil, Pascom Brasil, Conselho Pastoral dos Pescadores, Signis Brasil e o Setor de Mobilidade Humana da CNBB).
Ir ao encontro dos pobres
Na mensagem para V Jornada Mundial dos Pobres deste ano, publicada em 13 de junho de 2021, o Santo Padre convida a Igreja e a sociedade para não apenas se reconhecer também pobres e “ficar à espera que batam à nossa porta” mas ir ter com eles às suas casas, aos hospitais e casas de assistência, à estrada e aos cantos escuros. “É importante compreender como se sentem, o que estão a passar e quais os desejos que têm no coração”.
O Pontífice lembra também que “os pobres não são pessoas ‘externas’ à comunidade, mas irmãos e irmãs cujo sofrimento se partilha, para abrandar o seu mal e a marginalização, a fim de lhes ser devolvida a dignidade perdida e garantida a necessária inclusão social”.
O Santo Padre comenta sobre o mercado que ignora ou discrimina os princípios éticos e cria condições desumanas que se abatem sobre pessoas que já vivem em condições precárias. Tais ações criam incessantemente armadilhas novas da miséria e da exclusão. Essas são produzidas por agentes econômicos e financeiros, desprovidos de sentido humanitário e responsabilidade social.
Respostas urgentes
A pandemia é também apontada por Francisco como uma praga que multiplicou ainda mais o número de pobres no mundo. Como saídas, o Papa aponta ser urgente dar respostas concretas a quantos padecem o desemprego, que atinge de maneira dramática tantos pais de família, mulheres e jovens.
“A solidariedade social e a generosidade de que muitos, graças a Deus, são capazes, juntamente com projetos clarividentes de promoção humana, estão a dar e darão um contributo muito importante nesta conjuntura”, afirma Francisco.
O Papa aponta ainda que a assistência imediata para acorrer às necessidades dos pobres não deve impedir de ser clarividente para atuar novos sinais do amor e da caridade cristã como resposta às novas pobrezas que experimenta a humanidade de hoje.
“Faço votos de que o Dia Mundial dos Pobres, chegado já à sua quinta celebração, possa radicar-se cada vez mais nas nossas Igrejas locais e abrir-se a um movimento de evangelização que, em primeira instância, encontre os pobres lá onde estão”, exorta.
FONTE: noticias.cancaonova