DIACONADO PERMANENTE

A reflexão sobre o Diaconado permanente começou na Diocese de Ipameri, após a 7ª Assembleia Diocesana de Pastoral. A Escola de Formação teve início em agosto de 2016 com 34 candidatos, em resposta ao Concílio Vaticano II e à solicitação do papa Francisco de uma Igreja em saída. Para isso, foi feito um trabalho de conscientização nas paróquias que em seguida apresentaram nomes de possíveis candidatos.

Em 2016 começou a etapa preparatória chamada de propedêutico, que é um período de discernimento vocacional, formação espiritual e estudo sobre o significado do diácono permanente. Em 2017 começou a etapa acadêmica e o acompanhamento desses homens nas paróquias com os trabalhos pastorais. Após o propedêutico continuaram 32 candidatos, sendo que dois discerniram outro caminho. A Escola encerra o ano de 2018 com 21 candidatos.

A formação acadêmica se estende por três anos, conforme as exigências do Diretório do Diaconado Permanente.

O que é Diaconado permanente

O diácono permanente é o ministro que recebe o primeiro grau do sacramento da ordem. Fundamenta sua existência a participação na diaconia de Cristo Salvador. Cabe ao diácono permanente ser um servo da humanidade, na força do Espírito Santo conferida pelo Sacramento da Ordem.

O diaconado permanente deve ser entendido na Igreja como um ministro de caridade no serviço da Igreja. Ele não substitui o padre e sua existência não se concretiza pela falta de padres, muito menos para a clericalização de leigos. Na Igreja primitiva, o diaconado existia para cuidar dos órfãos, das viúvas e da liturgia. O tríplice múnus do diácono é o anúncio da palavra, a liturgia e a caridade. Portanto, ele tem o seu lugar na Igreja. Por muitos séculos a Igreja ficou sem esse ministério. Com o Concílio Vaticano II houve o resgate do Diaconado permanente, de modo que hoje em quase todas as dioceses do Brasil eles estão presentes. Aquela que ainda não tem está em processo de formação como a nossa. Pode ser diácono permanente, o homem casado ou celibatário. Na  condição de casado, o candidato deve ter idade acima de 35 anos e cinco anos de matrimônio e o celibatário tem que ter mais de 25 anos de idade.

A parte acadêmica da Escola Diaconal Santo Estêvão, que acontece em dois sábados por mês, é aberta para a participação dos leigos nos estudos de algumas disciplinas teológicas.

Padre João César

Coordenador da Escola Diaconal