De 19 a 23/02 foi realizado o retiro do clero das Dioceses de Ipameri e Itumbiara em Goiânia, no Convento Mãe Dolorosa, cujo pregador foi Dom Dilmo Franco, Bispo Auxiliar da Diocese de Anápolis-GO.

Foram dias de “Kairós”: oração, meditação e contemplação. Nos reabastecemos na fé, na espiritualidade e na graça de Deus para melhor vivermos o tempo quaresmal e servirmos a Deus e seu povo nas comunidades paroquiais onde atuamos.

Para o Retiro, deu-se inicio às 18h do dia 19,  com a Santa Missa. Logo em seguida o jantar e a noite as 20h o Pe Emerson Simplicio, coordenador dos Presbíteros da diocese de Ipameri acolheu a Dom Dilmo e a todos os participantes do retiro deste ano. Logo em seguida, Dom Dilmo falou alguns pontos que iriam ajudar a cada padre a vivenciar melhor esses dias de retiro, de um modo especial com o silêncio. O retiro teve como motivação os exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola com os passos para a Oração.

O retiro é um espaço de cultivo pessoal da relação de amor com Deus, expressa na vivência com os irmãos. Oportunidade para animar e fortalecer a vocação e a missão dos presbíteros da Diocese de Ipameri e Itumbiara. O retiro anual do clero é uma graça da qual todos os presbíteros, juntamente com o bispo são chamados a participar com ânimo generoso e coração aberto para acolher a renovação que o Espírito Santo traz à Igreja.

Alguns padres relataram sobre a importância do retiro do clero: “Estamos tendo a oportunidade de nos retirarmos neste lugar tão abençoado para nos abastecermos com a palavra de Deus, com a oração, com a Eucaristia, para, assim, darmos o alimento ao povo: o alimento da Palavra, o alimento da Eucaristia.”

Cada Padre teve a oportunidade de fazer o seu momento de oração, um caminhar ao deserto. Uma caminhada de fé que percorrida com responsabilidade nos faz sacerdotes a serviço do Reino de Deus. A cada etapa percorrida nos exercícios, vai nos colocando sempre mais próximos do Senhor. Os caminhos que nos levam a conversão deve ser e são os caminhos do Senhor, caminhos que nos leva a refletir quem somos e qual a nossa finalidade juntos os irmãos e irmãs. “Caminhando conheça, conhecendo te ame e te amando te siga.” O sacerdote deve sempre buscar se formar e cuidar da sua experiência de oração e intimidade com o Senhor, o Bom Pastor. Por isso, a participação do retiro é uma necessidade para o ministério.

A caminhada nos ajuda a conhecer Deus, como no exemplo dos discípulos de Emaus (Lc 24,13-35). O caminhar com Cristo nos torna próximos e nos faz ver a face do Pai no Filho (Jo 14,8-10), por isso a importância no conhecimento de Deus. O conhecimento nos faz confiantes a ponto de deixar tudo por tudo, como Abraão que confiou no Senhor e obedeceu as suas ordens (Gn 12,1-5). Quando recebeu também a ordem para subir a montanha com Isaque, ele obedeceu e foi (Gn 22, 1-19).

O Retiro permite ao Presbítero a ver que, ser padre não é uma carga ou um peso, mas um grande dom para quem o recebe e o faz frutificar em benefício das pessoas que Deus lhe confia. Vale a pena acreditar que a melhor maneira de ser feliz — talvez a única — é fazendo a felicidade dos outros sendo testemunhas da esperança. Ser testemunha da esperança é anunciar com a vida que Cristo ressuscitado e o Evangelho podem iluminar a escuridão do mundo e dar sentido à busca de realização própria do ser humano. O padre deve ser testemunha/sinal da esperança. O presbítero, por sua vivência íntima com Deus, busca viver a intimidade, se esforçando para ser sinal visível do amor de Deus. Ele é responsável, primeiramente, pela sua santificação e a de todos os seus paroquianos. Por isso, “a missão não pode ser um peso, mas um dom para oferecer” (Papa Francisco).

O retiro foi encerrado na sexta-feira, dia 23, com a Santa Missa presidida por Dom Dilmo e concelebrada por Dom José Aparecido e Pe Ivan.