Entre os dias 09 e 10 de julho, aconteceu no Santuário Diocesano Nossa Senhora da Salette em Caldas Novas-GO, o Simpósio Diocesano de Liturgia, um Simpósio Litúrgico sobre a Prática Celebrativa da Igreja. Com o tema: “A LITURGIA: ENCONTRO COM DEUS NA UNIDADE ECLESIAL”. O Encontro foi assessorado pelo Ir. Fernando Vieira, assessor para a música Litúrgica da Comissão Pastoral para a Liturgia da CNBB.

O Simpósio foi destinado a todas as equipes e ministérios envolvidos com a dimensão litúrgica das Paróquias e Santuário da Diocese de Ipameri. Especialmente Ministérios de Canto. A Ir. Carmelita. Da Congregação Filhas do Amor Divino, participou da formação e como participante manifestou a gratidão por esse momento de graça.

Dom Francisco ressaltou a todos, quanto ao encontro com Deus na ação litúrgica de nossas comunidades. Trouxe presente o que o Papa Francisco fala sobre liturgia, incentivando a leitura da carta apostólica sobre formação litúrgica do povo de Deus. Trouxe presente a Sacrosantum concilium, que fala sobre a liturgia e sobre o preparar bem todos os momentos da celebração. Concluiu sua fala dizendo, “A Liturgia, pela qual, especialmente no sacrifício eucarístico, “se opera o fruto da nossa Redenção”, contribui em sumo grau para que os fiéis exprimam na vida e manifestem aos outros o mistério de Cristo e a autêntica natureza da verdadeira Igreja, que é simultaneamente humana e divina, visível e dotada de elementos invisíveis, empenhada na ação e dada à contemplação, presente no mundo e, todavia, peregrina, mas de forma que o que nela é humano se deve ordenar e subordinar ao divino, o visível ao invisível, a ação à contemplação, e o presente à cidade futura que buscamos (SC 2),” “Nunca se acostume com as coisas de Deus.” Conclui Dom Francisco.

No segundo dia o Ir. Fernando falou sobre o que a Igreja orienta sobre os cantos na Missa. “Não basta saber cantar, é preciso entender”. O Irmão afirma que ultimamente tem acontecido muitas confusão na liturgia, uma delas é quanto à escolha de cantos que sejam litúrgicos. A confusão provocada, não é por maldade, mas sim, por não saberem diferenciar o que é um canto litúrgico de um canto devocional, canto de animação ou de movimentos. “Ao prepararmos uma liturgia, precisamos de conhecimento do campo litúrgico, o canto e a música devem estar a serviço do mistério celebrado. Por isso, a importância de se preparar e viver bem a liturgia durante a semana”.

O bom desta formação é que o Ir. Fernando, foi falando e explicando a Missa parte por parte. Falando sobre as partes fixas da missa, lembrando da importância do manter-se fiel as letras ao entoar um canto, evitando criar palavras novas dentro daquilo que já existe, para que não haja alterações no ato penitencial, glória, salmos e o cordeiro. Temos que ter a consciência de que “Nossa liturgia é belíssima!” Por isso, precisamos, estudar para conhecer e entender toda a liturgia.

Com tudo, a orientação é que: “os ministérios de música, procurem Livros de cato apropriados para cada tempo litúrgico e também os Sites católicos sobre Liturgia, para que seja criado um repertório de músicas litúrgicas. Uma liturgia bem celebrada tem que ter a participação de todos, podemos ver isso, com o canto do salmo responsório, que ao ser recitado, toda a assembleia repetem o seu refrão. A Liturgia, ao mesmo tempo que edifica os que estão na Igreja em templo santo no Senhor, em morada de Deus no Espírito, até à medida da idade da plenitude de Cristo, robustece de modo admirável as suas energias para pregar Cristo e mostra a Igreja aos que estão fora, como sinal erguido entre as nações, para reunir à sua sombra os filhos de Deus dispersos, até que haja um só rebanho e um só pastor (SC 2).

Por fim, foi falado também sobre a importância do silêncio na liturgia. “Nossas celebrações por vezes são barulhentas demais”, precisamos recuperar esses momentos de silêncio na Santa Missa, pois, para fomentar a participação ativa, deve-se promover as aclamações dos fiéis, as respostas, a salmodia, as antífonas, os cânticos, bem como as ações, gestos e atitudes corporais. Não deve deixar de observar-se, a seu tempo, um silêncio sagrado.

Os instrumentos nunca devem estar mais alto que a voz dos cantores. O canto deve ser suave. Os cantores devem ajudar a assembleia a cantar e a participar da liturgia. Tenha-se em grande apreço na Igreja latina o órgão de tubos, instrumento musical tradicional e cujo som é capaz de dar às cerimónias do culto um esplendor extraordinário e elevar poderosamente o espírito para Deus (SC 120). Podem utilizar-se no culto divino outros instrumentos, segundo o parecer e com o consentimento da autoridade territorial competente, conforme o estabelecido nos art. 22 § 2, 37 e 40, contanto que esses instrumentos estejam adaptados ou sejam adaptáveis ao uso sacro, não desdigam da dignidade do templo e favoreçam realmente a edificação dos fiéis.

Ir. Carmelita

(Congregação Filhas do Amor Divino)

 

Ipameri, 13 de julho de 2022