“Batizados e Enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”

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Com esse tema proposto pelo Santo Padre o Papa Francisco, por ocasião do ano Missionário, e neste domingo em que celebramos a Solenidade de Pentecostes, dia em que Jesus sopra sobre os discípulos o Espírito Santo, para conceder a eles coragem, o ânimo de anunciar a Boa Nova, que eu escrevo esse testemunho de vida missionária.

Disse Jesus: “ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda criatura”. (Mc 16, 15) Existem muitos lugares, ou até mesmo campos de missão. Eu fiz a escolha de vir para a Diocese de Ipameri/GO, aqui estou, há três anos realizando meu serviço, colocando em prática o pedido de Jesus, mesmo com as minhas limitações, que reconheço não ser capacitado, mas sempre peço a Graça de Deus e peço que a obra seja realizada não por meus méritos, mas sim, pela Sua Graça e Misericórdia.

Nestes três anos aprendi que a realidade da missão não é como a gente pensa, ou imagina, é muito mais do que esá ao alcance de nossa razão humana. Quando se fala em missão, muitos ainda carregam a ideia de que é ir para outras terras, e falar de Jesus, anunciar a Boa Nova, claro que não deixa de ser, mas uma coisa que aprendi é que na missão o missionário aprende mais do que ensina.

O missionário chega com o conhecimento na teologia, o povo que ali está, nos apresenta a experiência, uma fé viva, sólida, mesmo na sua humildade e simplicidade, percebe-se um povo que tem Deus em suas vidas, quando o missionário chega, essas vidas são completamente transformadas, digo até, renovadas, e o que anunciamos torna para essas pessoas um tesouro e para o missionário um ensinamento, uma nova experiência.

O missionário é chamado a fazer a vontade de Deus, assim como Jesus é convidado a “ir anunciar a Boa Notícia do Reino de Deus também a outras cidades, pois para isso é que fui enviado” (Lc 4, 43). A cada lugar, comunidade que se passa, aprendo uma coisa nova. Às vezes se sente impossibilitado de fazer, anunciar, ensinar, mas Deus sempre capacita, pois “qual o homem de tão pequenas posses, que não possa dar uma pequena oferta? (“Sacta Dei Civitas”, Leão XIII).

Nesses três anos de vida ministerial, dedicado a missão na Diocese de Ipameri/GO, sinto que tenho muito a aprender e ensinar. O que me chama a atenção é o quanto o padre é bem recebido nas comunidades, sendo no meio do povo a presença de Deus, assim, confirma o pedido do Papa Francisco, “ser pastores com o cheiro das ovelhas”. Estou aprendendo que ser missionário, é, ser presença do Amor de Deus na vida das comunidades, levar Alegria, pois o Evangelho é Alegria, mensagem de Amor, Reconciliação, e com certeza, é a novidade para aqueles que estão à espera de recebê-las.

Maria, Discípula disponível e amada do Pai, interceda sempre por mim, pois como fostes até a casa de Isabel com toda disponibilidade, possa eu também, continuar com a mesma disponibilidade e entusiasmo para anunciar a Boa Notícia do Evangelho aonde o Senhor me enviar e a Igreja precisar.

Pe. William Aparecido Leal
Paróquia Bom Jesus de Urutaí e Bom Jesus da Lapa de Domiciano Ribeiro